quinta-feira, 20 de maio de 2010

Des)arrumando Identidade

TEMA DO ENCONTRO
Des)arrumando Identidades: Movimentos Interdisciplinares nos Estudos da Linguagem.
Atividade: Como ensinar o debate em sala de aula: um modelo didático

Como o debate é um gênero oral, é mais difícil se construir um modelo que leve em consideração todas as etapas que devam ser cumpridas no ensino desse gênero textual.
Mesmo assim, vamos tentar didatizar este gênero a fim de facilitar a depreensão de suas estruturas para que elas possam servir de modelo para os alunos no momento em que necessitarem construir uma situação real ou simulada de debate.

1º passo: Atividades prévias (para depreensão do modelo)
• Levar os aprendentes a participarem como ouvintes a uma série de debates para que eles possam perceber as características em comum de diversos eventos dessa natureza (dar referências de debates televisivos e/ou levar um modelo gravado para a sala de aula);
• Evidenciar para os aprendentes que a variante lingüística utilizada em um debate é a variante mais aproximada da linguagem formal. Embora tenha características próprias da oralidade, o discurso deve ser claro e sem atropelos, evitando-se idéias repetidas;
• Diferenciar o gênero debate de outros gêneros orais públicos como as mesas redondas ou painéis, por exemplo;
• É importante também evidenciar que o debate só é possível quando há oposições de pontos de vista sobre um determinado assunto;
• Deixar claro que uma das regras principais dentro de um debate é o respeito ao outro debatedor. Deve-se escutar com respeito seus pontos de vista e apresentar os seus também de modo respeitoso para não ofender o outro. A oposição é de idéias, não de pessoas. Essa e as outras regras definidas no momento de preparação do debate devem ser rigorosamente seguidas;
• Enfatizar que no decurso do debate, um dos interlocutores pode ser convencido pelo outro, ou ainda, é possível que ambas as partes aceitem os argumentos do outro lado (mesmo que parcialmente) e repensem suas opiniões. Mesmo que isso não aconteça, o importante é que um debate serve para se conhecer os diferentes pontos de vista sobre determinado assunto para todos os participantes (para quem debate e também para quem assiste).

2º passo: Atividades de preparação (para o planejamento de um debate em sala de aula)
Nesta etapa, as decisões devem ser tomadas na sala de aula por todos os envolvidos (alunos e professores)
• Definição de:
Tema;
Participantes (2 ou mais pessoas que tenham pontos de vista diferentes sobre determinado assunto);
Mediador e
Público interessado (estabelecer o papel de um público interessado para o auditório);
• Delimitação das regras (que podem variar de acordo com cada situação):
Antes da discussão cada debatedor exporá sua opinião (3 min.);
Cada debatedor faz a apreciação da fala inicial de 1 dos seus interlocutores, iniciando assim a discussão (3 min.);
O interlocutor citado pode pedir a réplica (2 min.);
Cada participante só poderá falar na sua vez e não deve exceder o tempo estipulado e deve sempre atender ao mediador;
 Após o debate, o público poderá fazer perguntas diretas, de forma oral, a qualquer dos debatedores. O tempo para essa etapa será de 10 minutos;
Cada debatedor inquirido terá 1 minuto para dar sua resposta.
• Determinar tempo para a preparação dos debatedores = 1 semana
Esse tempo servirá para os alunos, que irão debater, estudar para se aprofundar no assunto e selecionar bons argumentos para o debate. O debatedor deve se preparar para possíveis perguntas e contestações que possam vir dos seus oponentes e/ou da platéia.

3º passo: O debate (interação em sala de aula) - Um modelo de roteiro a ser seguido
• Abertura: (etapa cumprida pelo mediador)
 Cumprimento ao público
Exposição do tema (motivo do debate)
 Explicitação das normas previamente estipuladas
Apresentação dos debatedores

• 1ª Fase:
Mediador passa a palavra a um dos debatedores;
Retoma a palavra e a passa ao outro debatedor;
(ambos devem cumprimento e exposição cada um (nesse 1ºfalar somente o tempo estipulado) momento, os debatedores somente devem expressar seus pontos de vista sem mencionar seus interlocutores)

• 2ª Fase:
Mediador retoma a palavra e a repassa novamente para o primeiro debatedor para que ele comente a exposição do oponente;
Nesse momento pode ocorrer a réplica;
Mediador inverte as posições entre os debatedores: o 2º faz comentário e o 1º a réplica.

• Participação da Platéia:
Momento da interferência da platéia aos debatedores (10min). Estes terão 1 minuto para responder a cada questionamento.
• Recapitulação:
Breve comentário de cada debatedor (2min);
Síntese do debate pelo mediador.

• Conclusão:
Mensagem final (pelo mediador)

• Agradecimentos:
Do mediador para os participantes (debatedores e platéia).

Obs.: Se possível, o trabalho pode ser gravado para que se faça a avaliação dele. Essa avaliação não deve necessariamente ser feita somente pelo professor, toda a turma pode participar desse processo ao analisar o comportamento de todos no momento da interação.

E.E.DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO “PROF. BOLÍVAR BORDALLO

terça-feira, 11 de maio de 2010

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Figuras para Bingos ou Ditado
















A Lição da Borboleta


A Lição da Borboleta







Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo. Um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais.O homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas.O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar com o tempo. Nada aconteceu!Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo com que Deus fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vidas. Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar...